Se você acompanha as notícias do mercado brasileiro e internacional com certeza já viu por aí a sigla ESG. Com as crescentes mudanças globais, climáticas e de comportamento, adaptar-se à nova realidade se tornou indispensável para construir uma comunidade de apaixonados por sua marca. Confira o conteúdo e saiba como comunidades, tecnologia e ESG estão se moldando para um futuro mais sustentável.
O ESG (Environmental, Social and Governance), sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança ganhou força entre empresários e investidores e gerou um movimento de preocupação com a transparência, com o meio ambiente e com a sociedade.
Podemos entender cada uma das letras da sigla como uma frente de atuação, ou seja, como uma empresa pode adotar práticas mais sustentáveis a partir de três eixos. São eles:
- Ambiental: projetos de mitigação de alteração do clima e da paisagem, responsabilidade no uso de recursos naturais, controle da poluição, preservação e recuperação ambiental, entre outros;
- Social: projetos de saúde e bem-estar dos colaboradores, de impacto social e econômico nas comunidades, além de responsabilidade, segurança e saúde no relacionamento com parceiros.
- Governança: diálogo transparente com todos os públicos, comunicação clara, gestão de riscos, políticas anticorrupção e antidiscriminação, responsabilidade fiscal, entre outros.
A pergunta que fica é: qual o lugar do ESG quando pensamos em “Comunidades”?
Em primeiro lugar, não é possível ter uma resposta definitiva. É preciso abrir mão de algumas visões de mundo e entender que cada país, região, cidade, bairro, empresa ou escola tem suas peculiaridades e necessidades. O ponto de partida, portanto, deve ser buscar em conjunto as melhores respostas e soluções que podem beneficiar a sociedade ao seu redor e, ao mesmo tempo, trazer mais saúde para seu negócio.
Por exemplo: se sua comunidade envolve pessoas de uma região cuja primeira necessidade são projetos educacionais, entenda como sua empresa pode contribuir. Se seus colabores, parceiros e seu propósito como empreendimento valorizam projetos de recuperação ambiental, pense quais ações pode promover sobre a temática e como se aproximar de iniciativas que podem se beneficiar das suas soluções.
Isso só é possível com um diagnóstico profundo com todos os seus stakeholders. Convide o time, clientes, parceiros, fornecedores e investidores para mapear interesses e vulnerabilidades, pensando em uma estratégia a partir da escuta ativa e da participação da comunidade.
E atenção: é de extrema importância medir e acompanhar indicadores que comprovem suas ações. A transparência é muito forte no pilar de Governança do ESG e é necessário pensar na produção de relatórios, que devem ser disponibilizados para a comunidade.
Mas por que é tão importante se adaptar para o ESG?
Sem dúvida, o primeiro motivo são os benefícios que práticas responsáveis trazem para o meio ambiente e para a sociedade impactadas por sua empresa. Mas, além disso, os investidores têm prestado muito mais atenção em critérios de sustentabilidade e responsabilidade ao decidir onde vão aplicar seus investimentos e quais empresas vão levar para seus ecossistemas, tanto como beneficiadas quanto como parceiras.
Além disso, existem os títulos ESG, ferramentas do mercado financeiro que financiam iniciativas sustentáveis. A emissão desses títulos já soma 6 bilhões de reais e, somente em março de 2021 foram emitidos 10 milhões de reais.
Em 2023, o cenário mudou um pouco. Algumas empresas foram acusadas de greenwashing. O termo é usado para identificar empresas que passam uma “máscara verde”, ou seja, dizem ter iniciativas sustentáveis, mas a realidade não corresponde à afirmação. Casos que envolviam relatórios forjados, sistemas compensatórios com baixíssimo impacto, entre outros, forçaram o mercado de capitais a segurar os investimentos e reavaliar os critérios.
Por isso, lembre-se de que ESG é mais que um termo da moda ou uma oportunidade de investimentos. É compromisso e respeito à comunidade da sua marca, seus colaboradores, clientes, parceiros e investidores. Uma comunidade é feita de cooperação e construída em confiança e esses são princípios intrínsecos do ESG. Então, pense com carinho em quais frentes quer e pode investir. Sua comunidade vai agradecer!